sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Assim Falou Zaratrusta

Fazem trinta anos o último colorado desceu do pódio de campeão brasileiro e do Guaíba subiu o alto do monte Fuji, no Japão. Durante três anos gozou do título conquistado sem se cansar. Variaram, porém, os seus sentimentos, e uma manhã, erguendo-se com a aurora, pôs-se em frente do Gigante e falhou-lhe deste modo:


"Gigante da Beira-Rio! Que seria da tua felicidade se te faltassem aqueles a quem acolhe? Faz trinta anos que te esperas por este momento, e, sem mim, sem o meu grito e a minha vibração, haver-te-ias cansado deste lugar."


Nós, porém, esperávamos-te todas as temporadas, tomavámos-te o supérfulo e comemorávamos.


Pois bem: já estou tão enfastiado das minhas conquistas. Necesito de novos títulos para mim.

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Pequena adaptação de Assim Falou Zaratrusta, de Nietzsche. Resumo do sentimento colorado neste momento.

Queremos novas conquistas. Queremos novamente a vibração de um título. Queremos que os nossos atletas sejam o 'super-homem' por Nitzsche descrito. Queremos sonhar em subir ao alto do pódio novamente.

Já cansamos dos títulos passados. Estamos sedentos novamente. Chega de supérfulos. Chega de Gauchões, Recopas, Sulamericanas e afins. Queremos novamente uma conquista grandiosa, que enobreça nossas façanhas.

Ganhar o Brasileiro no ano do Centenário, no ano que completa o trigésimo aniversário da última conquista seria excepcional. Queremos um novo amanhecer reluzente, radioso de luz, varonil.

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