O futebol é repleto de símbolos. Escudo, uniformes, hinos. Um insconsciente coletivo cria-se em função do significante destes elementos. Os sujeitos deste desejo, torcedores fanáticos, são inconscientemente dominados pelo imaginário ontologicamente subjetivo do futebol.
A percepção que organizamos em torno de nossa paixão clubística é do tipo gestáltica. Não podemos reunir suas partes para tentar explixar o todo, pois a dimensão da relação com nosso time sobrepõe-se a forma como ela é expressa.
Estar diante do nosso maior rival é encarnar o papel que nos é designado pelas condições da nossa própria construção subjetiva. É viver intensamente o simbólico de um algo que nos é desconhecido objetivamente.
Sejamos, então, os atores narsísicos de uma representação coletiva que somente a nós é compreensível. Vamos ser Colorados como nunca fomos. Vamos fazer ecoar nosso canto pelo Gigante e amassar nosso adversário. Vamos fazê-los passar pela sensação de sentirem-se colorados. Tenho certeza que os gremistas vão chorar de emoção e alegria por perderem para o INTER.
Eles não conseguirão controlar a lágrima e a emoção e irão vibrar conosco em nossos gols. Vão aplaudir de pé nossa volta olímpica e sairão do estádio em paz com seu espírito e agradecidos por nossa compaixão em vencer.
Nossos jogadores, na condição de colorados, cumprirão friamente seu papel designado pela lavagem cerebreal do pastor Tite que fará crê-los que Deus estará na torcida. Teremos ao nosso lado a divindidade maior deste e daquele mundo na mente dos guerreiros alvi-rubros.
VAMOS INTER!
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