Não há como negar. Estamos tomados pela ansiedade que cerca a final. O colorado certamente não dormiu bem esta noite. Acordou com olheiras e alguma dor muscular. Ao levantar, sentiu as pernas pesadas. Certamente não procurou saber sobre as notícias da enxurrada ou de outrio assunto qualquer. Talvez nem tenha dado um bom-dia cordial às pessoas que geralmente cumprimenta. O colorado hoje só tem um pensamento: A GRANDE FINAL!
O time já está na Argentina. Os nossos guerreiros demonstram a gana que deles esperamos em ganhar esta decisão. Com certeza, se fosse possível, os colorados entrariam junto no campo do estádio Ciudad de La Plata para jogar. Mas vida de torcedor é assim mesmo. Contentar-se em sofrer e vibrar da distância que estiver do campo: seja na tela ou no outro lado do mundo.
O INTER entra completo. Todos os titulares estão à disposição do treinador Tite. Para vencer, contamos com a segurança de Lauro, com a experiência de Bolívar, a garra do Índio, a força do Álvaro, a determinação do Marcão, a luta do Edinho, a disposição do Guiñazu, a esperteza do D'Alessandro, a técnica do Alex e o faro do Nilmar. E é claro, com os 10 milhões de colorados que estarão com o time. Não queremos perder por pouca diferença, não queremos empatar. Queremos é ganhar.
Se algo nos ajuda neste momento, é relembrar a trajetória até agora percorrida. Começamos com nosso maior rival, o tricolor da Azenha. Aparte do desprezo alheio, classificamos. Duas apresentações medícres, é verdade; mas o time ainda não estava entrosado. D'Alessandro há pouco chegara. A defesa era insegura. O meio não produzia e o ataque desperdiçava. Logo após veio o Universidad. Outros dois empates e novamente a classificação pelo saldo de gols qualificado.
Na seqüência, nada menos que o Boca Juniors, o time mais tradicional da América do Sul. Eliminamos os temidos argentinos com duas vitórias, incluindo-se aí o histórico 2x1 em plena Bombonera. A partir de então, brilharam os olhos dos colorados. A esperança reacendeu-se e a vibração era incontrolável. Contra o Chivas, duas atuações de luxo. Vitórias incontestáveis tanto no México quanto no Gigante. E aí estamos agora: diante da única conquista que ainda nos resta - a Sulamericana.
Temos que respeitar nosso adversário, mas não podemos deixar nosso brio esmaecer. Vamos INTER não podemos perder, vamos INTER que temos que ganhar!!!
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