domingo, 5 de outubro de 2008

Caravana da CHAMA

É madrugada do dia 4 de Outubro de 2008. Após uma tarde de sol, começa a chover torrencialmente na cidade. Cai água durante a madrugada inteira. Intensamente. Pela manhã, o nível dos rios que cortam a cidade começa a preocupar, pois eles aproximam-se de transbordar pelas ruas e pontes. No trajeto até Curitiba, o panorama não muda. A estrada sinuosa em aclive obriga a um cuidado extra no caminho. Capas de chuva são a providência para o que se anuncia - um banho de água fria. Apesar disso, nada assusta os colorados de Jaraguá, que partem rumo a mais uma jornada ao lado do seu time do coração.

O primeiro encontro acontece ainda na rodoviária, juntamente com alguns colorados de Joinville que também iam acompanhar o jogo. Clima cordial entre torcedores colorados na expectativa pelo que poderia ser a quinta vitória consecutiva no Brasileirão 2008. Logo após, tomamos o rumo dos Altos da Glória.


Encontro de torcedores na Rodoviária

Assim que chegamos no estádio, começamos a sentir o clima da torcida. Vários ônibus de Porto Alegre estão estacionados no bairro. Há um batuque de tambores que anima todos os presentes que entoam cânticos de apoio enquanto aguardam a abertura dos portões. 

Espera na fila de entrada

A entrada no Couto Pereira ocorre ainda bem cedo. O estádio está vazio e o prognóstico das rádios indica público apenas razoável. Os colorados são maioria, e fazem barulho nas arquibancadas enquanto estendem suas bandeiras no espaço reservado.


Colorados estendendo as bandeiras no Couto Pereira

Aos poucos, a torida começa a chegar. Já é noite quando o juiz anuncia o início do jogo. Não demora muito para que, num lance fortuito, o Coxa marque contra. O gol acontece na meta oposto à que a torcida colorada havia se posicionado, e a confusão na área adversária faz com que somente vibremos após ver as comemorações dos jogadores colorados.

Mas o lance esconde a produção do INTER. O desempenho era apenas razoável quando acontece outro outro lance casual. Clêmer sobe para aparar um cruzamento em dois tempos. A bola cai na perna do zagueiro Índio e entra lentamente no gol colorado. Frustração geral.

Vem o intervalo. Logo no início do segundo tempo, o Coxa amplia. A partir de então, toma conta do jogo. O INTER fica irreconhecível diante das últimas atuações. É um time apático, sem marcação e sem força ofensiva. Tite demora a mexer e o pior acontece. O Coritiba abre 4 a 1 um desastre é anunciado.

Decepção. A torcida se cala. O time fica desnorteado em campo. Passes errados, marcação a distância e falta de ímpeto. Por sorte, Nilmar desconta e o placar não desonra o INTER. Mesmo assim, cabe uma reavaliação do que acontece.

Sejamos realistas ao analisar os últimos jogos. Vencemos a Portuguesa por 1 a 0 dentro do Beira-rio. Pouco para um time com ambições como as nossas. A atuação contra o Botafogo foi boa no primeiro tempo, mas caiu bastante no final. Contra o Vitória, vencemos em uma penalidade. A exceção do Gre-Nal, nossas atuações não eram tão diferentes das de agora.

Não se pode falar em abandono, pois ainda faltam 10 jogos. No entanto, a direção precisa ter clara a situação e os objetivos do clube neste ano. Brasileirão? Sulamericana? Tenho certeza que a comissão técnica e os jogadores estão confusos, pois a cada rodada o discurso muda.

As provocações feitas após o Gre-Nal também foram desnecessárias. Só serviram para encher a bola de um grupo que vinha se afirmando no aspecto coletivo.

Algo precisa mudar. O tempo é muito curto. É hora de definir os objetivos ser mais transparente com a torcida e humilde com os adversários. Temos lições suficientes da ineficácia do comportamento atual.

Galeria de fotos


















Um comentário:

Unknown disse...

Olha aí ó!

Eu tava do lado dos magrão de jaraguá e nem sabia... haha

Moro em Joinville, baita coincidência..

Abraço!